Acesso Remoto no Ubuntu <-> Windows
Primeiro, vamos começar por aceder remotamente ao Ubuntu pelo Windows. O acesso, quer Ubuntu-Windows, quer Windows-Ubuntu é mais rápido na rede local, isto é, computadores ligados numa mesma rede, seja através de cabos de rede ou sem fios (no meu caso, tenho o desktop ligado por cabo de rede e o portátil ligado por wireless
Caso opte por fazer acesso via Internet, basta visitar sites como “o meu ip” e apontar o “ip”, substituíndo-o depois nos casos neecssários.
Agora é necessário instalar um pequeno software, o VNC Viewer. Para isso, acedemos a este site e fazemos download do VNC Personal Edition Viewer for Windows (x86, x64 & ia64) , (é necessário aceitar uma licença Freeware) e corrermos o pequeno aplicativo, que nem instalação pede. A partir daqui, basta inserir o endereço (endereço ou local do tipo 192.168.1.xxx ou IP do computador na Internet, o tal que se obtém ao aceder ao site “o meu ip” ). E …
Agora a parte interessante. Para isto ser possível, é preciso fazer uma pequena configuração no Ubuntu. Aceder a Sistema»Preferências»Área de Trabalho Remota e configurar da seguinte maneira:
Assim, no VNC Viewer, depois de inserir o endereço e clicar em “Connect”, será pedida uma password, exactamente aquela que definiu na janela em cima (Preferências da Área de Trabalho Remota). Insira-a e terá ainda que esperar por confirmação do utilizador do computador com Ubuntu ao qual pretende aceder. Para esse utilizador deverá aparecer um pop-up semelhante a este:
É perfeitamente usável, especialmente se
usaram a cor um pouco mais “esbatida” e a imagem algo comprimida como em
cima. Para tarefas quotidianas, para uma assistência remota, está
perfeita. A performance não é aquela que estou habituada a ter no
Ubuntu, mas provavelmente para o fim que muitos de nós lhe queremos dar,
pedir mais seria um abuso.
De referir que este acesso é efectuado por VNC (Virtual Network Computing), enquanto que o acesso Ubuntu-Windows será por RDP (Remote Desktop Protocol). Uma curiosidade apenas…
Agora, vamos fazer substituições. Entra Windows para a equipa dos clients e o Ubuntu vai entrar e ser o nosso server. Ou seja, vamos aceder remotamente ao Windows a partir do Ubuntu
, algo ainda mais simples, pois o Ubuntu fornece tudo o que é
necessário, por isso, é quase como se estivesse a preencher o tão
adorado formulário VamosSerEnganados, quer dizer, do IRS
.
Primeiro, no Windows, é necessário activar o
acesso remoto. Por exemplo usando o Windows XP, um clique no botão
direito sobre o “O Meu Computador”, “Propriedades”, e aceder à Remoto,
de seguida habilitar “Permitir aos utilizadores ligarem remotamente a este computador”. É também uma boa altura para memorizar, apontar, anotar o “Nome completo do computador”, que será útil daqui a pouco. Como podem ver, no meu caso é “WinXP”.
É também necessário que o utilizador no
computador Windows tenha uma password definida (isto é, o Ubuntu não
permitirá efectuar a ligação sem a password, lá está o Ubuntu a velar
pela segurança do Window…).
Agora, já no Ubuntu (e em qualquer sistema
operativo GNU/Linux com Gnome, em princípio deve ser possível), procure
nos menus, talvez em Aplicações»Internet por Cliente de Servidor Terminal . Será essa a maravilhosa aplicação que nos permitirá o acesso. A configuração, ora essa, é também bastante simples:
Computador -> Nome do
computador a que queremos aceder. Se prestou atenção ao artigo, é
exactamente aquele nome presente nas propriedades do sistema, o nome da
máquina na rede. Como viram, ali no meu caso era “WinXP”.
Protocolo -> Será o
protocolo sobre o qual assentará a nossa ligação. Pelo que li, para
aceder a computadores com Windows acima da versão 2000, o RDPv5
(disponível no menu do escolha do Cliente de Servidor Terminal). Porém,
nos meus testes de ligação a um desktop com Windows XP Service Pack 3,
consegui melhor performance, mas mesmo muito melhor (cheguei mesmo a
usar Autocad2008 sem problemas de arrastamento), com o
protocolo RDP (recomendado para Windows 2000. Aqui será uma questão de
tentar e ver com qual dos protocolos (RDP ou RDPv5) tem melhor
desempenho. Para Sistemas acima do XP, o RDPv5 será talvez a melhor
solução, mas aqui cabe a cada um testar e ver qual o mais adequado.
Nome de Utilizador / Senha
-> Aqui terão lugar as credenciais usadas para iniciar sessão no
sistema Windows. Se no meu PC Windows tivesse um user chamado kerodicas com a password xxxxxxx, esses seriam os dados a introduzir nestes dois campos.
Domínio -> O endereço
de rede do computador a que quer aceder. No meu caso e na minha rede
doméstica, o desktop Windows tem o endereço 192.168.1.65, é
esse o endereço a colocar. Caso opte por uma ligação via Internet, aqui
deve colocar o IP do endereço da máquina a que quer aceder, usando para
obter essa informação sites como “o meu ip” .
Nome do Sistema Anfitrião/Protocolo do Ficheiro
-> Para ser totalmente sincero, não faço a mínima ideia do que
sejam, mas isso também não afectou em nada a minha ligação. Se alguém
for iluminado o suficiente para partilhar o significado, acredito que me
esclareciam a mim e também a muitos outros leitores
Navegando pelos separadores da aplicação,
existem ainda outras opções interessantes: Definir profundidade da cor e
tamanho da janela da ligação; interacção entre componentes dos dois
sistemas (som, teclado, é até possível montarmos o nosso sistema de ficheiros do Ubuntu como uma drive no Windows);
programas de início automático depois de estabelecida a ligação (ideal
para ligações regulares); definições relacionadas com o desempenho, a
título de exemplo, uso ou não da cache para o mapa de bits. Finalmente,
podemos guardar todas as nossas definições num ficheiro, para mais tarde
a ligação a essa máquina estar muito mais automatizada.
E um clique em Ligar levar-nos-á em direcção a uma qualquer máquina Windows por essa rede fora
:
Faltou dizer que esta pequena aplicação gasta apenas uns 5~8 mb de RAM,
e contém todo um sistema dentro dela… Nunca o seu computador Windows
teve um uso tão baixo da memória RAM! Eu tenho vindo a usá-la
diariamente, algumas vezes por necessidade, outras por comodidade,
outras ainda por simples curiosidade, e não tenho rigorosamente nada a
dizer contra a aplicação, simplesmente faz o que deve fazer , e fá-lo
bem!
Em outras distribuições que não o Ubuntu,
se estiver a usar o ambiente GNOME, provavelmente o Cliente de Servidor
Terminal estará instalado. Se não estiver, utilizando o seu gestor de
pacotes preferido, poderá aceder ao programa instalando o pacote “tsclient“.
Como não utilizo KDE, e pela pesquisa ao de leve que fiz, não me
pareceu existir uma solução ao nível desta, pelo que poderá por exemplo
instalar este pacote. Se conhecer alguma alternativa para KDE, não deixe
de sugerir nos comentários
Aqui ficam 2 simples alternativas para o
acesso remoto cross-plataform, todos facilmente configuráveis e que na
verdade, cumprem bem aquilo que prometem fazer. Chega de mitos e de
dificuldades, dores de cabeça e horas em pesquisas no amigo Google. Aqui
fica a dica, e já sabem, qualquer dúvida na configuração, utilização,
ou qualquer correcção, os comentários estão à vossa espera.
Apenas fazer notar que não
me esqueci do artigo das “45 fantásticas aplicações”, tenho-o escrito
há já algum tempo, mas ainda não pude publicar devido a alguns entraves
ao importar o que escrevi para a plataforma online de edição do
WordPress. Vou tentar resolver e tentar que o artigo seja publicado o
mais depressa possível.